quinta-feira, 27 de março de 2014

Palmeiras...minha paixao !

Como explicar a paixão de um torcedor por um time de futebol? Quando ela nasce? Quais os sentimentos que ela provoca?

A minha paixão começa com o meu Pai que era Palmeirense. Não era fanático. Apenas torcia. Aliás, sempre achei isso muito estranho...

Ele foi sócio do Corinthians quando era pequeno. Tinha até carteirinha. (ate hoje guardada pela minha mãe). Dizia que ia lá só para nadar, jogar basquete. 

Sempre fiquei com o pé atrás por isso. 

Sabe quando, eu como Palmeirense iria no Parque São Jorge??? NUNCA. 

Mas meu Pai era assim. Magnânimo.

Ele me levou quando era pequenino em um jogo do Verdão. Fomos nos dois lá no antigo Palestra Itália ver um jogo. Meu primeiro jogo de futebol ao vivo. Adorei claro.

Mas ao longo do tempo o que eu gostava mesmo, era de discutir futebol com ele. O cara era uma enciclopédia. Ditava os nomes dos jogadores do Verdão de antigamente com uma naturalidade ímpar. 

Quem viu jogar Valdir de Moraes, Djalma Dias, Waldemar Carabina, Djalma Santos, Ademir da Guia, Julinho e Vavá  nunca mais vai ver "futebol bem jogado de novo" dizia.

Eu que nunca fui muito de guardar nomes. Tirando uns mais famosos que ele falava, para mim o restante era grego.

Mas, ao longo da minha vida e da dele também pós-academia, vimos jogar muito craque. 

Como esquecer de Luiz Pereira, Dudu, Leivinha, Jorge Mendonça, Leão, César Maluco?

Como não se extasiar com um time que tinha Zinho, Evair, Cafu, Roberto Carlos, Edmundo, César Sampaio, Antônio Carlos, Edilson ?

A paixão já nasceu com meu Pai e apenas aflorou em mim. Muito mais forte, muito mais apaixonada.

Sempre que meu Palmeiras joga, um misto de sentimentos toma conta de mim. Ansiedade, alegria, tristeza, decepção, mas nunca apatia.

Com o palmeiras eu tive uma das minhas maiores alegrias na vida. Tenho inclusive como ringtone do meu celular com aquela famosa narração do pênalti que o nosso São Marcos pegou na semi da Libertadores.

Naquele dia, estava eu em meu quarto assistindo sozinho o jogo. Meu Pai estava na sala. Mas como ele assistia jogos na mais pura concentração e eu na mais pura euforia, preferi assistir sozinho. 

Assim poderia gritar, xingar os jogadores, chorar, sem problema nenhum.

Semanas antes o "mascarado" Marcelinho Carioca já tinha feito uns pênaltis displicentes, daqueles que a bola vai rolando devagarinho e deixa o goleiro e a outra torcida irados. 

Quem não lembra daquele jeitinho meio bichona de bater na bola, com aquela perninha indo pra lateral do corpo?

Pois bem. Quis o destino que ele fosse o ultimo batedor. Quis o destino que estivesse na sua frente um tal de Marcos. 

E lá foi ele transformar nosso goleiro em Santo. Chorei como criança. Chorei de alegria.

Nem ganhar a libertadores, um ano antes, foi tão importante para mim. E acredito que para todo Palmeirense de verdade. 

Era apenas uma semifinal, mas para nós era a gloria. Ficou marcado para sempre. 

Obrigado Marcão !

Hoje não tenho mais o meu Pai pra discutir futebol. Tenho um sobrinho Corintiano. 

Que falta sinto do meu Pai.

Mas onde ele estiver, do jeito dele, garanto que ele esta torcendo pelo nosso palmeiras. 

Que esta torcendo por mim. 

Obrigado Pai por ter aflorado em mim essa paixão. 

Obrigado Verdão por fazer parte da minha vida.


terça-feira, 25 de março de 2014

Como é construir uma piscina de vinil?

Você que vai construir uma piscina em casa, deve estar passando pelo mesmo dilema que eu e  Roberta passamos. Qual a melhor piscina para construir em casa? Alvenaria, vinil, fibra??? Como assim?

Então vamos por partes. Todas tem suas características, vantagens e desvantagens. 

A de alvenaria, a sua durabilidade e como desvantagem seu custo alto. 

A de fibra sua praticidade e rapidez na construção e a desvantagem é que você tem que ficar preso ao modelos pré fabricados.

E a de vinil, modelo escolhido por nos, por sua rapidez na construção e a possibilidade de desenharmos a piscina que queríamos. Desvantagem o vinil pois deve-se ter muito cuidado para não furar, além do tratamento da piscina ser constante e a necessidade de ser trocado a cada 5 anos em media.

Mas fizemos as contas, pelo preço que custaria uma piscina de alvenaria ou azulejo poderíamos trocar o vinil umas 4 vezes que ainda ficaríamos no lucro.

Contratamos uma empresa local e ela nos prometeu e cumpriu entregar em 50 dias. 

Segue as fotos de toda a construção... 

ESCOLHA DO LOCAL



RETIRADA DA TERRA




CONCRETAGEM DO FUNDO E COLOCAÇÃO DAS COLUNAS DE FERRO


LEVANTAMENTO DAS PAREDES


REBOCO E COLOCAÇÃO DOS EQUIPAMENTOS DE HIDRO E ILUMINAÇÃO


INICIO DA CONSTRUÇÃO DO DECK


COLOCAÇÃO DAS PEDRAS NO DECK


COLOCAÇÃO DO VINIL



E A PISCINA FICOU ASSIM...




 Essa não fui eu quem fiz, mas acompanhei cada pedaço !!!

Capitulo 5 - A churrasqueira.

Quando o forninho ficou pronto a churrasqueira que estava acompanhando a subida dos tijolos, já estava quase no final do fechamento da boca. Conforme foto abaixo...


Então foi só amarrar bem o fechamento para começar a subir a chaminé.


Abaixo já da pra ver a chaminé do forninho adentrando na churrasqueira conforme tinha dito no post anterior.



Como falta apenas um pedaço para terminar a partir das fotos abaixo já mostro como ficou o espaço quase finalizado (falta pintura e limpeza) que apelidamos de espaço ROBS IN ROAD. Escolhemos este nome, porque nele colocaremos todos os badulaques que comprarmos em nossas viagens. Já começamos com os famosos ímãs de geladeiras...






Agora com a churrasqueira finalizada, nada melhor que mostrar umas fotos do equipamento todo que eu fiz sendo utilizado....


dia do acarajé...



noite da pizza...




noite nordestina...



E por ai vai... O que fica mesmo é que se você quer muito uma coisa, não espere acontecer. Vá de encontro ao seu sonho. Faça você mesmo e nunca desista, porque depois o que vale mesmo são estas ultimas fotos, esses sorrisos !!!

segunda-feira, 24 de março de 2014

Capitulo 4 - O forninho caipira veio antes da churrasqueira.

Queria uma churrasqueira gigante com uma boca de no mínimo 1,20m. Parti deste principio. Para variar pesquisando muito na internet cheguei a um modelo que me interessou...


Comecei a levantar os tijolos...


Olha o meu cachorro Tchubirubi que sempre me fez companhia nesta empreitada!

Dá uma olhada no site dele " Tobias o cão mais charmoso do mundo ! " é bem legal...



Na realidade queria eu queria fazer uma churrasqueira bem funda ao estilo gaúcho. 

Tenho um tio chamado Cirinho que mora em Arambaré no Rio Grande como eles dizem. Ele me deu umas dicas de como ele mesmo fez a sua churrasqueira.  Veja a foto:



E na foto abaixo  meu tio Ciro (curintian ... pq sou palmeirense claro) e seu cunhado Érico (colorado desde criancinha ! )


E como ele faz um excelente churrasco gaúcho, resolvi experimentar. 

uma coisa eu não concordo com os gaúchos: quem sabe fazer e faz as melhores picanhas do mundo são os Paulistas e isso não tem pra ninguém. 

Voltando as churrasqueiras, as gaúchas diferente das que são vistas aqui em São Paulo, tem um fundo maior na fornalha que eles dizem que dura mais o carvão e aquece melhor.

Resolvi tentar.

Outra foto que inspirou foi esta...



Observe que onde fica depositado o carvão a profundidade é mais funda.

Na sétima fiada começa a preparação para a primeira lajinha de fundo da fornalha da churrasqueira.




Observe que ao lado eu tinha pensado em fazer uma bancada de auxilio. Mas, nesta época eu já estava pensando em colocar um forninho caipira e depois de ver uns vídeos no You Tube me inspirei e resolvi coloca-lo neste lugar.

Um dos vídeos que me inspirou foi o do Sergio, que também não é pedreiro e resolveu fazer uma churrasqueira com a cara e a coragem e ficou muito legal. Vale a pena ver:

https://www.youtube.com/watch?v=ivBuyyu2kWE

Decidido, comecei a laje que iria abrigar meu forninho caipira





Coloquei placas refratarias na base do forninho e na fornalha da churrasqueira, pois daqui em diante, tanto o forninho como a churrasqueira iriam subir juntas. 

E se prepare porque esta é a etapa mais cara, pois tanto as placas como a massa refrataria são caras. Eu gastei bastante também, pois o tamanho da minha fornalha era bem grande.


Tive que pesquisar muito como faria o forninho. 

Mas tem muita gente que já fez e encontrei um blog que me animou muito que se chama: A Casa da Montanha. 

Ele está na minha dicas de leitura e vale a pena ver, porque ele mostra como e fácil de fazer. Obrigado Jorge pela inspiração.








Nesta fase do trabalho, subindo as duas juntas, cheguei na primeira base de apoio dos espetos da churrasqueira. 

E era o inicio da parte mais difícil do forninho onde os tijolos comecem a ficar inclinados para formar o iglu.. Dava para colocar só uma fiada por dia.


Com a boca do forninho pronta agora só restava o fechamento e a colocação da chaminé. 

A Roberta deu a ideia de colocar a saída da chaminé para dentro da churrasqueira que eu obedeci prontamente...


Na foto está só o inicio da saída, pois a medida que a churrasqueira foi subindo, eu coloquei um tubo adentrando nela. Mas isso fica para o próximo post.



Revesti todo o forninho por dentro com massa refrataria e depois fiz uma portinha de alumínio. Forninho pronto !


Vamos para o final da churrasqueira...



Capitulo 3 - A preparacao para a churrasqueira : fogao a lenha


Com  a estrutura do telhado pronta, parti para fazer o piso dentro do espaço. Teria que fazer um contra piso meio alto, pois o lugar onde fizemos tudo até agora era propenso a acumular agua no terreno. 

Comprei blocos de cimento de 15' e os alinhei e nivelei em todo o espaço com brita. 

Ate comecei a concretar e a fazer o contra piso. Mas minhas costas já estavam gritando pelo esforço até agora. Então resolvi chamar um pedreiro para fazer isso. E o cara fez em dois dias junto com um "orelha seca".

Já tinha até colocado um ralo no centro para evitar futuras poças lá dentro. No fim deveria ter feito eu mesmo tudo, porque o cara fez as descaidas que nem o nariz dele e hoje empoça agua em alguns lugares.

Vejam as fotos 



e terminado isso tive que fazer algumas paredes que abrigassem a pia que daria o suporte desta churrasqueira. Aproveitando este espaço deixei lugares para colocação de um fogão normal de 4 bocas e uma geladeira que seria essencial.

Esta fase foi muito complicada, pois tive que colocar em pratica tudo que havia aprendido em meu curso de edificações como elétrica, hidráulica, levantamento de paredes e colocação de azulejos ou cerâmicas. Demorei bastante. Queria deixar o lugar com muretas parecendo com os quintais muito comuns no interior.

Mas infelizmente não tirei fotos nesta época. 

Mas terminado esta fase, ainda estava inseguro se conseguiria mesmo levantar a minha churrasqueira. Então tive outra idéia ... por que não fazer um fogão a lenha?

O espaço era bastante grande e caberia um fogão a lenha. Além do que dava pra dar uma treinada antes da churrasqueira.


Pra variar pesquisei muito na internet. Principalmente vendo vídeos no YouTube de pessoas que tiveram o mesmo tipo de experiência de fazer isso. Um deles e este que o cara fez pro cunhado:

https://www.youtube.com/watch?v=hoNkKSnoyJ4

E um blog que me animou muito também, foi o "meu fogão a lenha" que tinha varias fotos inspiradoras. Além destes pesquisei vários outros sites, ate conseguir a exata medida que eu queria e parti pra fazer.

Nesta época estava meio sem grana, então resolvi fazer tudo com tijolinho comum. Tijolos refratários seriam somente para onde ficaria a fornalha.

Os materiais como chaminé e a grelha comprei no Mercado Livre, sempre mais barato que o comercio local e os mármores laterais eu fiz sob medida aqui na cidade mesmo.

Olha ai como ficou



Agora com o fogão pronto e com a experiência adquirida, vamos a churrasqueira...

sexta-feira, 21 de março de 2014

Capitulo 2 - A cobertura do espaço da churrasqueira.

Definido onde ficaria o espaço da churrasqueira, fiquei algum tempo calculando qual seria o tamanho do espaço e mais uma vez com a ajuda da Roberta, decidimos que ficaria com 4X7 m.

Fiz um projeto de telhado com o calculo do tamanho das vigas que iria comprar. Como sou formado em técnico em edificações, isto pra mim foi muito fácil. Basicamente ele ficaria como a foto abaixo:




Definido isso, parti para comprar as vigas de madeira e as ripas. 

Depois de pesquisar, encontrei varias indicações para este tipo de estrutura. A melhor delas era toras de eucalipto tratado em autoclave. Este tipo de madeira recebe tratamento químico contra cupins e umidade. E como o espaço ficaria no tempo, sujeito a chuva, sol, etc., precisaria muito disso.

Achei essas toras em uma madeireira local. Custaram mais caro que se comprasse vigas convencionais, mas tudo bem, elas teriam a rusticidade que queríamos.

Elas chegaram alguns dias depois. Nesse meio tempo fiquei pensando em como iria corta-las. No serrote não iria dar, né ! Serra circular?  também não gostava muito da ideia pois as toras que comprei eram grossas de diâmetro. 
Então, achei no Mercado Livre uma motosserra. Tinha minhas duvidas se conseguiria usar, mas, arrisquei de novo e comprei.

Ela chegou uns dias após a madeira. Agora estava pronto pra começar a levantar o espaço.

Fiz o gabarito do espaço 4X7m e cavei os buracos nas extremidades que iriam recebem as toras que sustentariam o telhado. Coloquei vários pregos e impermeabilizei a extremidade que ficaria abaixo na terra. 






Depois foi cortar cada poste na medida certa, concretar e alinhar.





Fiquei cerca de uns 20 dias sem fazer nada, só esperando o concreto secar e eles ficarem bem firmes. 

Comecei a colocar as terças e o pendural. Ate ai estava fazendo tudo sozinho. Então chegou a hora da viga principal onde vai a cumeeira e ela era bem pesada. Tive que pedir ajuda e meus dois sobrinhos Gabriel e Lucas me deram uma força. Olha eles ai...


 E aproveitando a ajuda eles também me ajudaram a colocar os caibros




Depois coloquei mais caibros diminuindo o espaço entre eles para a colocação das ripas. 

Durante todo esse processo eu fiz algumas pesquisas sobre o tipo de telha que deveria colocar e mais uma vez em consenso com a Roberta, decidimos que colocaríamos o mesmo tipo de telha que tinha na casa: telha francesa.

Ocorre que ao verificar o preço destas telhas no comercio local vimos que era muito caro. 

Um dia passando por uma rua pela cidade vi uma casa em reforma que estavam destelhando o mesmo tipo de telha que queríamos.

Falei com o responsável e ele me disse que iriam jogar fora e que se eu me dispusesse a tira-las de lá não cobrariam nada. Bingo!

Lá fomos eu e a Roberta carregar o carro com telhas velhas. Fizemos mil viagens. 

Mas, naquela obra não tinha toda a quantidade que eu precisava porque muitas estavam quebradas. 

Então, o que mais eu fiz naquele mês foi andar pela cidade a procura de outros descartes de telhas ate que completei o que precisava. 

Nem carreto eu paguei. 

Foi uma economia e tanto. 

Comecei a colocar as ripas e as telhas simultaneamente de cima na cumeeira para baixo. Na colocação das cumeeiras tive a ajuda do Seu Pedro, um vizinho meu, pois tinha que colocar e fazer massa ao mesmo tempo e estava difícil fazer sozinho.

Mas na colocação das telhas não tive ajuda nenhuma. Tive que subir uma a uma mais de 600 telhas. E o resultado foi este...




E a cobertura esta pronta, agora vamos para o piso !